Guilherme Resende de Oliveira é Diretor de Negócios na Cooperativa de Crédito Crediluz Ltda. – Sicoob Crediluz, formado no curso Técnico Agropecuário pelo CEFET - Bambuí e graduando em Administração de Empresas pela Fasf Unisa.

Nos últimos 40 anos a produção agropecuária brasileira se desenvolveu muito. O termo celeiro do mundo nunca esteve tão evidente como no atual momento, destacamos como o maior produtor e exportador de café e suco de laranja, somos o maior exportador de soja, açúcar, carne de frango e carne bovina e ganhamos destaque com outros produtos como a carne suína, o leite, o milho, o algodão e muitos outros, com um grande diferencial; 65% de nossas matas e florestas estão protegidas e preservadas.

Uma agricultura adaptada às regiões tropicais e uma legião de produtores rurais com uma missão clara, a de produzir alimentos com qualidade e segurança alimentar, preservando o meio ambiente, nos coloca em situação de destaque. O momento para o agro é bom e tende a melhorar com a conquista de novos mercados, gerando superávits cambiais, o protagonismo está mais evidente nesse cenário de incertezas.

Balança Comercial do Agronegócio Brasileiro - CNA

A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) divulgou em julho recente, a Balança Comercial do Agronegócio Brasileiro. O mês de julho de 2020 manteve o elevado patamar de vendas do mês anterior, registrando recorde de exportações e do saldo comercial do agro para o mês de julho. Enquanto as vendas ao exterior somaram US$ 10 bilhões, o saldo comercial foi de US$ 9 bilhões.

Lácteos

A receita gerada pelas exportações de produtos lácteos brasileiros no mês de julho foi 50,9% maior em relação à 2019, somando US$ 6,7 milhões.

As principais variações nas vendas de lácteos no mês de julho se deram para os queijos (+US$ 834,9 mil), o leite condensado (+US$ 709,3 mil) e para o leite modificado (+US$ 593,7 mil).

Para os primeiros sete meses do ano, o aumento nas vendas foi de 22,8% em valor e 21,9% em volume, e foi intensificado devido à alta nas exportações de leite em pó, leite modificado e creme de leite.

No caso do leite em pó, o grande volume exportado para a Argélia em janeiro desse ano ainda é a principal razão para o aumento de US$ 2,8 milhões nas vendas do produto nos primeiros sete meses de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. O montante exportado (US$ 3,1 milhões) representou 91% de todo o leite em pó exportado pelo Brasil nos primeiros sete meses de 2020.

Já o leite modificado registrou aumento de US$ 2,4 milhões nas exportações dos primeiros sete meses em relação ao mesmo período de 2019, devido ao montante exportado para a Venezuela (US$ 2,1 milhões) e para a Argentina (US$ 1,5 milhão) no período.

Por fim, os aumentos de US$ 375,6 mil nos embarques de creme de leite para a República Dominicana, US$ 235,5 mil para o Catar e US$ 218,7 mil para o Paraguai nos primeiros sete meses de 2020 contribuiu para o aumento de US$ 1,3 milhão no agregado das vendas do produto em 2020, em relação ao mesmo período de 2019.

Continue nos acompanhando aqui, mensalmente vamos divulgar informações da balança comercial com informações dos lácteos.

Fonte das informações: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil