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Boi: Em janeiro de 2024, o preço do boi gordo manteve-se estável, porém, apresentou uma queda de 12,3% em comparação com janeiro de 2023. Além disso, as commodities agrícolas, como bezerro, milho e soja, também registraram uma redução nos preços pelo segundo ano consecutivo neste mesmo mês, devido a perdas na produção causadas pelo clima no Brasil e ao aumento no estoque mundial. O estoque mundial de milho para a safra 2023/24 aumentou em janeiro de 2024, conforme dados do USDA, e a produção e consumo de carne bovina também tiveram revisões positivas no mesmo período.

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Soja: A produção de soja no Brasil, estimada em 135 milhões de toneladas pela Aprosoja Brasil, está sendo afetada por condições climáticas adversas, incluindo estresse hídrico e excesso de chuvas. Essa estimativa, abaixo das previsões oficiais, tem gerado impactos negativos nos preços de mercado. A Aprosoja recomenda cautela aos produtores e a necessidade de readequação dos negócios diante dessa realidade desafiadora, enquanto solicita compreensão aos parceiros comerciais que financiam a safra, dadas as dificuldades enfrentadas pelos produtores em honrar seus compromissos. A quebra de safra de soja em Mato Grosso é estimada em cerca de 20%, de acordo com o Itaú BBA, resultando em uma colheita prevista inferior a 40 milhões de toneladas, o que demonstra a significativa magnitude da redução na produção dessa cultura na região.

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Milho: A safra brasileira de milho de 2023/24 enfrenta sérios desafios, com aumento nos custos de insumos e uma janela de plantio mais estreita, levantando preocupações sobre um possível "apagão" na produção. Em Santa Catarina, as perdas já foram estimadas em cerca de 15%, um padrão que se repete em outras regiões do país. A situação do milho se mostra mais crítica que a da soja, devido a esses fatores, somados à incerteza sobre o volume total da safra. A Companhia Nacional de Abastecimento prevê uma queda significativa na produção de milho, estimando uma colheita de 117,6 milhões de toneladas, 11% a menos do que no ciclo anterior. Além disso, Santa Catarina, altamente dependente da importação de milho para seu setor agroindustrial, enfrenta um panorama adverso. Os custos crescentes e a projeção de preços futuros significativamente mais baixos exacerbam as dificuldades financeiras dos produtores, colocando em risco a viabilidade econômica da soja e do milho. Nesse contexto, torna-se evidente a necessidade de novas políticas públicas, especialmente no que tange ao apoio no pagamento do seguro da safra, para assegurar condições mais estáveis aos agricultores.